|
MÚSICA ("O Silêncio
e a culpa", de Geraldo Flach)
Direção: Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Roteiro: Jorge Furtado, Ana Luiza Azevedo e Giba
Assis Brasil
Direção de Fotografia: Sérgio Amon
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Geraldo Flach
Direção de Produção: Nora Goulart e Gisele Hiltl
Montagem: Giba Assis Brasil
Assistente de Direção: Betty Perrenoud
Uma Produção da Casa de Cinema PoA
Elenco Principal:
Antônio Fagundes (o viajante)
Pedro Santos (o cúmplice)
Zé Vitor Castiel (o porteiro)
Ariel Nehring (o menino)
Abel Borba (o pai)
Prêmios
-
16º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1988:
Melhor Montagem de Curta Nacional, Melhor Roteiro de
Curta Gaúcho e Melhor Direção de Curta Gaúcho.
-
21º Festival do Cinema Brasileiro, Brasília, 1988:
Melhor Roteiro.
-
11ª Jornada de Cinema e Video do Maranhão, São Luis,
1988:
Melhor Argumento, Melhor Roteiro, Melhor Montagem e
Destaque do Júri.
-
10º Festival do Novo Cinema Latino americano, Havana,
1988:
Melhor Curta metragem de ficção.
-
Exibido na mostra "Os 10 Melhores curtas brasileiros da
década de 80", no Cineclube Estação Botafogo, Rio de
Janeiro, 1990.
Crítica
"BARBOSA, apoiado na 'iluminada' fotografia de Sérgio Amon,
tem um argumento fantástico. A direção de arte de Fiapo
Barth traz o Rio de Janeiro de 1950 para a Porto Alegre de
1988 e convence. Um desafio vencido pela equipe, pelos
diretores. A vontade de mudar o curso da História está ali.
O Brasil seria diferente com uma vitória da seleção na Copa
do Mundo de 50?"
(Glênio Póvoas, DIÁRIO DO SUL, Porto Alegre, 26/06/88)
"Artes do movimento e dos heróis, solitárias e rituais ao
mesmo tempo, cinema e futebol jamais se encontraram numa
dimensão tão plena quanto em GARRINCHA ALEGRIA DO POVO e em
BARBOSA. (...) Capaz de transportar o espectador ao coração
daquela angústia, atualizar em emoção uma derrota de há 40
anos, BARBOSA é tão obra de seu tempo quanto o GARRINCHA de
Joaquim Pedro. BARBOSA nasce da falência do utópico (o
narrador/personagem diz 'aquela derrota era o prenúncio de
que nada daria certo neste país'). Feito num momento do
Brasil em que nem mesmo o futebol dá certo (...), o curta
gaúcho sintomaticamente resgata um nó de nossa História que
pode muito bem ter sido nosso único momento enquanto nação."
(David França Mendes, TABU, Rio de Janeiro, setembro/88)
"BARBOSA já nasce clássico. A partir do livro ANATOMIA DE
UMA DERROTA, em que Paulo Perdigão se purgava da derrota
brasileira na Copa de 50, eles desenvolveram uma trama de
arrepiar. E se um adulto, torturado desde a infância pelo
fracasso que testemunhara no Maracanã, conseguisse voltar ao
passado para impedir o fatídico gol de Ghiggia? O desfecho
desta catártica ilusão é no mínimo perturbador."
(Amir Labaki, FOLHA DE SÃO PAULO, 19/09/88)
"A histórica cena em preto e branco mostra o goleiro
brasileiro Barbosa levantando desolado após o que os
comentaristas esportivos consideraram frango. Tragédia.
(...) O momento fatal e suas consequências na cabeça do
goleiro é o grande tema, transformado num curta emocionante.
(...) A surpreendente fotografia marca o compasso do
coração, em preto e branco e a cores. Um curta consistente e
transparente. Uma pequena obra-prima."
(Rubens Araújo, JORNAL DE BRASÍLIA, 28/10/88)
"Um dos curtas brasileiros mais comunicativos e originais
dos últimos tempos. É um filme onde tudo funciona à
perfeição, do roteiro ao elenco. Sem esquecer da montagem
impecável, da surpreendente utilização do vídeo e da
integração entre ficção e documentário."
(Sérgio Bazi, CORREIO BRASILIENSE, Brasília, 28/10/88)
23/06/1988 |