NOSSAS VISITAS |
|
|
|
Canal Só História
Para Que Serve a História
Ao consultarmos um dicionário, encontraremos a seguinte
explicação para o verbete história:
"Narração metódica dos fatos notáveis
ocorridos na vida dos povos, em particular na vida da
humanidade, em geral", ou ainda, "Conjunto de conhecimentos,
adquiridos através da tradição e/ou mediante documentos, acerca
da evolução do passado da humanidade."
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo
Aurélio Século XXI: o
dicionário da língua portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro.
Nova Fronteira, 1999. |
Há ainda, outras explicações e outros significados
elaborados por historiadores (especialistas em história) ou não. Veja
outros exemplos:
"A história é o registro da sociedade humana,
ou civilização mundial; das mudanças que acontecem na natureza
dessa sociedade [...]; de revoluções e insurreições de um
conjunto de pessoas contra outro [...]; das diferentes
atividades e ocupações dos homens, seja para ganharem seu
sustento ou nas várias ciências e artes; e, em geral, de todas
as transformações sofridas pela sociedade [...]"
KHALDUN, Ibn, citado em
HOBSBAWN, Eric. Sobre
história. São Paulo. Companhia das Letras, 1998.
"Disciplina que se ocupa do estudo dos fatos
relativos ao homem ao longo do tempo [...]"
Nova Enciclopédia Barsa.
São Paulo. Encyclopaedia Britannica do Brasil , 1999. v.7.
"História inclui todo o traço e vestígio de
tudo o que o homem fez ou pensou desde seu primeiro aparecimento
sobre a Terra."
ROBISON, James Harvey,
citado em BURK, Peter. A
escrita da história: novas perspectivas. São
Paulo. Unesp, 1992. |
Há várias outras definições de história e muitos modos de
conceituá-la. A partir de agora, podemos dizer então, que a história
estuda tudo o que está relacionado à presença, às atividades, aos gostos
e às maneiras de ser das pessoas e dos acontecimentos.
História é basicamente uma experiência humana; um
constante construir, desconstruir e reconstruir. Por isso, acreditamos
que a História é uma área do conhecimento que está em permanente
construção.
Os caminhos da história
Ao voltarmos no tempo, encontraremos a utilização da
palavra historia, pela primeira vez, na Grécia Antiga. Ela origina-se de histor,
palavra grega que significa testemunho. Depois, a história foi
identificada como narração, isto é, o historiador seria um memoralista
escrevendo, no presente, sobre os acontecimentos do passado. Mais tarde,
ela continuou sendo entendida como narrativa, mas ganhou uma finalidade
didática – ensinar e criar modelos de comportamento para os seres
humanos. Esse jeito de se fazer História, apesar das alterações sofridas
na metade da Idade Moderna, prosseguiu desde a Antiguidade até o século
XX.
A partir do século XVIII, existia uma história interessada em explicar
acontecimentos realmente significativos e em relacionar os fatos entre
si. No século XIX, a forma de pensar e escrever a História passou por
grandes transformações. Os historiadores tentavam estabelecer bases
científicas para o estudo dos fatos e descobrir leis que explicassem,
sempre acompanhados por farta documentação.
A partir do século XX, os historiadores, para explicar o
desenvolvimento da História, passaram a valorizar ainda mais as relações
econômicas entre pessoas, grupos e povos. Assim, ela deixou de ser
apenas uma narrativa para se transformar em “possibilidades
interpretativas do passado”. Cabe, portanto ao historiador interpretar
as sociedades humanas do passado e não apenas narrar os fatos, datas e
personalidades.
História e várias histórias
Como você pode observar, a História vai além da sua
história, do seu nome, da sua idade e do lugar em que você mora.
Começou bem antes do seu nascimento, continua até agora e nós
poderíamos passar muito tempo falando a respeito dela. Todas as
pessoas têm uma história. E não são apenas as pessoas. Tudo tem
história: a música que ouvimos, as roupas que vestimos, os alimentos
que comemos, os seres humanos, as cidades, os países, o mundo.
Os seres humanos sempre fizeram registros históricos.
Nossos indígenas, por exemplo, já registravam o cotidiano por meio
da confecção de utensílios (machadinhas de pedra, enfeites de penas
de pássaros, objetos de cerâmica) ou pinturas em cavernas, dez mil
anos atrás.
Cerâmica produzida pelos índios
Machadinha feita pelos índios, de pedra e decorada com penas de
pássaros
Cocar indígena confeccionado com palha e penas de pássaros
A partir de sua organização em grupos, as pessoas
sentiram necessidade de colher informações sobre o passado e
registrá-las, de alguma forma, fosse oralmente, nas conversas com os
amigos e parentes, ou em desenhos feitos em grutas e cavernas em que
viviam.
Pinturas rupestres em cavernas
Nós podemos conhecer os costumes dos humanos
primitivos, os objetos que usavam e os animais que caçavam, por meio
do estudo desses desenhos e das descobertas feitas pelos
arqueólogos, cientistas que, pesquisam o passado dos seres humanos e
dos grupos sociais por meio dos registros materiais.
Pinturas rupestres em cavernas, tinta normalmente
utilizada extraída de urucum e outras sementes
A produção do conhecimento histórico
O conhecimento histórico é registrado, como vimos
anteriormente, pelo historiador. O trabalho do historiador é
interpretar os fatos históricos ou as experiências humanas com a
ajuda dos registros e vestígios que foram deixados por um povo em
um determinado local e tempo.
Em história, há tempos de curta, média e longa
duração. Um acontecimento de curta
duração é aquele
que chega imediatamente ao conhecimento das pessoas, por exemplo, um
jogo de futebol, o
lançamento de um livro, uma greve, a inauguração de uma obra
pública.
Um acontecimento de média
duração não é
normalmente percebido de imediato, mas é possível ser reconhecido
pelos contemporâneos, isto é, pelas pessoas que viveram na mesma
época. Por exemplo, hoje é comum ouvirmos falar da moda dos anos 80,
da crise do Oriente Médio ou das últimas décadas.
Já um acontecimento de longa
duração só é
revelado por meio do estudo histórico, por que não pode ser
percebido pelos contemporâneos. Por exemplo: fatos ocorridos na
Grécia Antiga ou no Antigo Egito.
Daí a importância de estudarmos a história: por meio
da investigação e da interpretação dos acontecimentos históricos
somos capazes de compreender as experiências dos povos que viveram
antes do nosso tempo e espaço históricos.
Jogo de futebol - acontecimento de curta
duração
Moda dos anos 80 - acontecimento de média
duração
Crise do oriente Médio nos anos 80 - acontecimento de média
duração
Alexandre Magno ou Alexandre, o Grande – Rei da Macedônia no período
de 336 a.C. a 323 a.C .- Foi o responsável pela formação de um grande
império, expandiu as fronteiras do conhecimento humano, integrando
diversas culturas - acontecimento de longa
duração
Entra em cena o pesquisador
Quem faz a história? Estudar as experiências humanas
vividas ao longo do tempo é parte do trabalho do historiador.
O trabalho do historiador é bastante instigante, pois
lida com temas e assuntos relacionados a acontecimentos que, em sua
grande maioria, ocorreram muito tempo antes do nascimento dele e sua
função é interpretar acontecimentos históricos.
Sem os acontecimentos, o historiador não pode produzir
conhecimento; sem o historiador, os acontecimentos não teriam vida.
Dizemos que acontecimentos históricos são os eventos, as
opiniões, os pensamentos e os movimentos sociais que produziram efeitos
e geraram mudanças, tendo ou não, por isso, importância em algum momento
do passado, na vida de um grupo ou de um povo.
Os acontecimentos são "produtos" sociais "fabricados" por
seres humanos que sonharam, pensaram e agiram. Cabe ao historiador
analisar esses "produtos sociais" e construir sua interpretação do
momento histórico que estiver pesquisando.
Sítio arqueológico no Egito
No entanto, é impossível que um historiador seja capaz de
avaliar, discutir, compreender e explicar todos os acontecimentos,
sentimentos e pensamentos que contribuíram para que determinado evento
acontecesse.
Assim, o historiador escolhe, de acordo com a finalidade
de sua pesquisa, os aspectos que irá estudar, as fontes que irá
analisar, as opiniões que pretende discutir, os sentimentos que julga
mais importantes.
Como se fosse detetive, o historiador analisa um acontecimento com base
em fontes históricas, aceita ou recusa interpretações já existentes,
colhe depoimentos e chega a uma conclusão.
Veja abaixo, um exemplo de seqüências de perguntas que o historiador
segue no seu trabalho:
1. Qual o documento com que vai trabalhar?
2. O que esse documento nos diz?
3. Como o diz?
4. Quem o fez?
5. Quando o fez?
6. Em nome de quem o fez?
7. Com que propósito fez?
8. Qual a relação do documento, no momento de sua produção, com a
realidade mais ampla à qual o historiador quer chegar?
As técnicas, fichas, entrevistas, perguntas, catalogação
de dados, entre outros dão segurança para realizar cientificamente o
trabalho do historiador. Os métodos são orientações seguidas por ele
nas etapas da sua pesquisa, da sua investigação.
Cabe lembrar, que nenhum evento histórico tem pureza
total. O registro dos acontecimentos reflete sempre, de uma maneira ou
de outra, a opinião, o pensamento e até os interesses daquele que fez
anotações sobre o que viu, viveu ou ouviu.
Para compreender e explicar os acontecimentos, o
historiador estará sempre interpretando-os ou reinterpretando-os,
tomando como ponto de partida sua forma de ver a sociedade e a própria
História. Quando, por exemplo, lemos uma obra histórica, é como se
estivéssemos ouvindo a voz do historiador que a escreveu.
Patrimônio histórico
O patrimônio histórico-cultural de um povo são todos
aqueles bens materiais e imateriais que ele possui e que são importantes
para a sua cultura e história. O patrimônio histórico é o lugar em que
se faz a memória nacional. Desse modo, a conservação dele é dever de
todos, pois, assim, preservamos as características de uma sociedade e
garantimos a sobrevivência de sua identidade cultural.
Preservar significa livrar de algum mal, manter livre de
corrupção, perigo ou dano, conservar e defender. Tudo isso é preservar.
Sabemos que essa atitude tem muitas implicações e é uma tarefa que uma
pessoa só não é capaz de fazer.
Desse modo, é dever de toda a sociedade preservar os seus
bens.
Palácio da Alvorada - Localizado em Brasília, Distrito Federal é
designado como a residência oficial do presidente da República
Federativa do Brasil. Situa-se às margens do Lago Paranoá, tendo sido o
primeiro edifício inaugurado em Brasília, em junho de 1958.
O Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada
por cortinas de vidro, que proporciona uma integração entre espaço
interior e exterior. Já as famosas colunas apóiam-se no chão por um de
seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a idéia de peso.
O espelho d'água reflete a imagem do edifício criando um
espaço virtual infinito.
Forte S. José - Rio de Janeiro (RJ)
Construído originalmente em 1565,
foi inteiramente reformado e equipado em 1872, por ordem de D. Pedro
II, em conseqüência do episódio conhecido como Questão Christie. O
Forte passou a ter 17 casamatas e um grande paiol de munição, e foi
equipado com 15 canhões antecarga Whitworth, calibre 75mm, e mais 20
canhões de calibre menor. Está localizado no Morro Cara de Cão,
tombado em 1973.
Referência Bibliográfica:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/paraqueserve/p5.php
|
NOSSA VITRINE |
|
|
|