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Ascensão ao Poder
Após sua prisão devido ao comando do Putsch da Cervejaria, Hitler foi considerado relativamente inofensivo e anistiado, sendo libertado da prisão em Dezembro de 1924.
Por este tempo, o partido nazista
mal existia e Hitler necessitaria de um grande esforço para o
reconstruir.
Esta tropa de elite em uniforme
preto seria comandada por Heinrich Himmler, que se tornaria o
principal executor dos seus planos relativamente à "Questão Judia"
durante a Segunda Guerra Mundial. O Império Alemão perdeu território para a França, Polônia, Bélgica e Dinamarca e teve de admitir a responsabilidade única pela guerra, desistir das suas colônias e da sua marinha e pagar uma grande soma em reparações de guerra, um total de $6.600.000 (32 bilhões de marcos). Uma vez que a maioria dos alemães não acreditava que o Império Alemão tivesse começado a guerra e não acreditava que havia sido derrotado, eles ressentiam-se destes termos amargamente. Apesar das tentativas iniciais do partido de ganhar votos culpabilizando o "judaísmo internacional" por todas estas humilhações não terem sido particularmente bem sucedidas com o eleitorado, a máquina do partido aprendeu rapidamente e em breve criou propaganda mais subtil - que combinava o Anti-semitismo com um ardente ataque aos flancos do "sistema Weimar" (a República de Weimar) e os partidos que o suportavam. Esta estratégia começou a dar resultados.
Historiadores afirmam que uma
propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações e
o sentimento anti-semita generalizado da sociedade alemã da época,
apresentando os judeus como bode expiatório dos problemas sociais,
permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os
operários, ao mesmo tempo em que o abandono do programa social
inicial lhes trazia o apoio da classe dirigente e dos meios
industriais.
O regime democrático estabelecido
na Alemanha em 1919, a chamada República de Weimar, nunca tinha sido
genuinamente aceita pelos conservadores e tinha a oposição aberta
dos fascistas. As eleições de Setembro de 1930 foram uma vitória para o partido Nazi, que de repente se levantou da obscuridade para ganhar mais de 18% dos votos e 107 lugares no "Reichstag" (parlamento alemão), tornando-se o segundo maior partido.
A sua subida foi ajudada pelo
império de mídia controlado por
Com as medidas de austeridade de
Brüning mostrando pouco sucesso face aos efeitos da depressão, o
governo teve receio das eleições presidenciais de 1932 e procurou
obter o apoio dos nazis para a extensão do termo presidencial de
Paul von Hindenburg, mas Hitler recusou qualquer acordo, e acabou
por competir com Hindenburg na eleição presidencial, obtendo o
segundo lugar na primeira e segunda fases da eleição, e obtendo mais
de 35% dos votos na segunda fase, em Abril, apesar das tentativas do
ministro do interior Wilhelm Gröner e do governo social-democrata
prussiano para restringir as atividades públicas nazistas, incluindo
notoriamente a proibição das SA.
Este flanco em formar um governo,
juntamente com os esforços dos Nazis de ganhar o apoio da classe
trabalhadora, alienaram parte do apoio de prévios votantes, de modo
que nas eleições de Novembro de 1931, o partido nazista perdeu
votos, apesar de se manter como o maior partido do Reichstag. Quando Schleicher foi forçado a admitir o flanco dos seus esforços, e pediu a Hindenburg para dissolver novamente o Reichstag, Hindenburg demitiu-o e colocou o plano de Papen em execução, nomeando Hitler Chanceler, Papen como Vice-Chanceler e Hugenberg como Ministro das Finanças, num gabinete que ainda só incluía três Nazis - Hitler, Göring e Wilhelm Frick.
A 30 de Janeiro de 1933, Adolf
Hitler prestou juramento oficial como Chanceler na Câmara do
Reichstag, perante o aplauso de milhares de simpatizantes nazistas.
Ele foi feito Chanceler numa
designação legal pelo presidente Hindenburg, o que foi uma ironia da
história, uma vez que os partidos do centro tinham apoiado o
presidente Hindenburg por ele ser a única alternativa viável a
Hitler, não prevendo que seria Hindenburg que iria trazer o fim da
República. Nas últimas eleições livres, os nazis obtiveram 33% dos votos, obtendo 196 lugares num total de 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, que tiveram lugar após o terror e violência terem varrido o Estado, os nazis obtiveram 44% dos votos. O partido obteve o controle de uma maioria de lugares no Reichstag através de uma coligação formal com o DNVP. No fim, os votos adicionais necessários para propugnar a lei de aprovação do governo - que deu a Hitler a autoridade ditatorial - foram assegurados pelos nazistas pela expulsão de deputados comunistas e da intimidação de ministros dos partidos do centro. Numa série de decretos que se seguiram pouco depois, outros partidos foram suprimidos e toda a oposição foi proibida. Em poucos meses, Hitler tinha adquirido o controle autoritário do país e enterrou definitivamente os últimos vestígios de democracia.
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