NOSSAS VISITAS |
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Crônicas
Gato por Lebre
João estava
desempregado. Vivia de bicos, porém faltava uma parcela do seguro
desemprego para receber.
Levantou-se com o galo, barbeou-se, tomou café e foi para o ponto de
ônibus.
Saltou na av. Cristóvão Colombo, entrou na agência da Caixa
Econômica, pegou a senha e aguardou.
Nosso amigo andava carente, pois Maria havia terminado o namoro
naquela noite em que estavam num barzinho da avenida Vilarinho.
Recebeu o dinheiro, que conferiu e guardou na pochete.
Numa
lanchonete da rua Pernambuco pediu um café. No balcão havia uma
louraça daquelas de cinema. Mandou a timidez às favas:
– Como é o seu
nome, minha flor?
– Georgete, e o seu?
– Eu me chamo João.
O papo correu macio e dali a pouco João parou um táxi.
A caminho do
motel mais próximo, João não teve tempo de reparar na voz grossa e
nas enormes mãos de Georgete, a empolgação era muito grande.
No quarto
Georgete apagou a luz para se despir, mas quando João partiu para o
ataque, percebeu o tamanho do seu engano e gritou:
– É truta!
Carlos
Eduardo Cardoso
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NOSSA VITRINE |
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