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Skank
Biografia
O
Skank nasceu em 1991, em Belo Horizonte, a mesma cidade
brasileira que deu ao mundo Milton Nascimento e Sepultura.
Ao
centro da harmonia de um e a energia de outro, o grupo começou movido
pelo interesse em transportar o clima do dancehall jamaicano para a
tradição pop brasileira.
Lançou seu primeiro álbum de forma
independente - mas o sucesso underground despertou o interesse da
poderosa Sony Music que, com a banda, inaugurou no Brasil o selo
Chaos.
Seu
segundo disco, de 1994, foi o trampolim para o estrelato: mais de 1
milhão de cópias de "Calango" e
top-hits como "Jackie Tequila" e "Te Ver". O álbum abriu as portas para
uma nova geração de bandas brasileiras atentas às novidades do rock
mundial e, ao mesmo tempo, curiosa com as raízes da tradição local.
O disco seguinte foi ainda mais longe (tanto em sua missão de fusão
quanto em seu sucesso comercial): "O Samba
Poconé" levou o grupo a se apresentar na França, Estados Unidos,
Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha, em shows
próprios ou em festivais ao lado de Echo & The Bunnymen, Black Sabbath e
Rage Against The Machine. O single "Garota Nacional" foi um sucesso
monstruoso no Brasil e liderou a parada espanhola (em sua versão
original, em português) por inacreditáveis três meses - a canção foi o
único exemplar da música brasileira e integrar a caixa "Soundtrack for a
Century", lançada para comemorar os 100 anos da Sony Music.
Os
discos da banda ganharam edições norte-americanas, italianas, japonesas,
francesas e em diversos países ao redor do mundo.
Enquanto "O Samba Poconé" chegava a quase 2 milhões de cópias vendidas
no Brasil, o Skank foi convidado a representar seu país no álbum
"Allez! Ola! Olé!", disco oficial da
Copa do Mundo de Futebol de 1998.
Inquietos artisticamente, o quarteto não se acomodou com o êxito. Sua
música passou a equalizar as origens eletrônicas com novas influências
psicodélicas e acústicas - reveladas nos álbuns "Siderado"
(mais introspectivo e maduro) e "Maquinarama"
(mais colorido e lisérgico).
O sucesso não arrefeceu: vieram mais hits radiofônicos, como "Resposta",
"Saideira" e "Balada do Amor Inabalável" - esta com ecos de Sergio
Mendes em climas cyberpunk. É a mesma versatilidade que permite ao grupo
gravar ao lado de Andreas Kisser (Sepultura), Manu Chao, Uakti ou Jorge
Ben Jor e arrancar elogios de Stewart Copeland por sua versão de "Wrapped
Around Your Finger", incluída no tributo latino ao Police, "Outlandos
D'America".
Uma
polivalência de quem não revela amarras senão com o pop perfeito e com a
energia para levantar a multidão.- como mereceu registro no CD e DVD "Ao
Vivo Ouro Preto", que emplacou mais um sucesso top-one, "Acima do
Sol", e passou de meio-milhão de compradores.
O início de 2003 foi investido na meticulosa preparação de "Cosmotron",
álbum que chegou às lojas merecendo rasgados elogios da imprensa:
"sinais de evolução em Belo Horizonte", "concentração sem sisudez nem
passadismo", "canções pop processadas em cuidadosos laboratórios",
"ratificando o Skank como o mais criativo grupo pop dos anos 90".
Enquanto o primeiro single, a balada psicodélica "Dois Rios", ganhava as
rádios do Brasil (e o prêmio de melhor videoclipe pop no Vídeo Music
Brasil 2003), o grupo se lançava em mais um giro internacional, com
passagens por Portugal, Inglaterra e Bélgica, além de uma histórica
apresentação no palco principal do festival de Roskilde, na Dinamarca,
ao lado de grupos como Blur e Cardigans. A nova turnê da banda (com
cenário de Gringo Cardia a partir de telas de Beatriz Milhazes e
confiantes oito novas canções no repertório) estreou em três noites de
lotação esgotada no Canecão, Rio de Janeiro. Com o novo hit, "Vou
Deixar" (melhor videoclipe pop no Vídeo Music Brasil 2004), o Skank vive
uma inédita experiência. Através do novos formatos de comercialização, é
o ring tone com o maior números de downloads no país. O álbum atinge a
marca de 210 mil cópias vendidas.
Em 2004 chegou o momento de sua primeira coletânea de sucessos.
Radiola, com foco em Maquinarama e
Cosmotron, é lançada em novembro do mesmo ano. Além de oito hits
remasterizados em Nova York, há quatro novidades para o público. "Um
Mais Um" e "Onde Estão?" são inéditas e registradas especialmente para
Radiola. O álbum traz ainda duas versões publicadas pela primeira vez:
"Vamos Fugir", de Gilberto Gil e Liminha, foi gravada para a campanha de
verão das sandálias Rider; "I Want You" foi gravada no final de 1999
para um tributo a Bob Dylan que nunca chegou a ser lançado. Revestindo
as doze canções de Radiola, está o trabalho dos irmãos Rob e Christian
Clayton, artistas americanos, colaboradores das revistas Rolling Stone e
Zoetrope de Francis Ford Coppola e diretores de arte do clipe "All
Around The World", do Oasis. As imagens do material gráfico da primeira
compilação do Skank, "Happy All The Day" e "Long Journey", fazem parte
de "Six Foot Eleven", exposição dos Clayton Brothers em parceria com a
galeria La Luz de Jesus (Los Angeles). Radiola foi lançado em novembro
de 2004 e vendeu 210 000 cópias.
Em agosto de 2006, é lançado Carrossel,
o nono álbum do Skank.
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